Certa vez ouvi de um amigo uma parábola sobre dois rabinos que, durante uma viagem conjunta, colocaram-se logo após o jantar a discutir sobre a existência de Deus. Um acreditava que Deus ouve nossas orações e intervém na história. O outro, que Deus era distante e impassível. Por volta da meia-noite, a conversa não tinha nem sinal de acabar e estava acalorada. Quando passaram das três da madrugada, finalmente chegaram a um consenso: de fato, Deus não ouve nossa orações. Ponto final. Despediram-se e, então, foram dormir. Às 7 horas da manhã seguinte, antes mesmo do café, a caminho do refeitório, o rabino recém-convicto não poderia cruzar com visão mais surpreendente: seu colega de debate, o mesmo que lhe havia convencido de que Deus não nos ouve, estava no ponto mais bonito do jardim, de olhos fechados, posição contrita, ar sereno, orando. O passante não resistiu. Sentou-se atrás daquele até que ele abrisse os olhos e lhe perguntou: “Amigo, nós não havíamos concluído que Deus não ouve as nossas orações?” A resposta do rabino foi ainda mais surpreendente: leia mais