O que aprendi de mais importante com o homem derrotado pelo “Fantástico”
Eu já contei no meu livro Cheguei bem a tempo de ver o palco desabar a cena em que o diretor do Núcleo Jovem da Editora Abril, Adriano Silva, reuniu todos os chefes de redação para comunicar que estava deixando a empresa, convidado para assumir o posto de chefe de redação do Fantástico, no Rio de Janeiro. Adriano foi o grande responsável pelo retorno da revista Bizz ao mundo dos vivos, numa manobra de fé e esperança sem a menor chance de ser mantida pela gestão seguinte. Dois anos depois, ele estava ali naquela sala enorme comunicando sua saída e o que quer que ele tenha falado eu entendi como “Bem, amigos, esse negócio de jornalismo no papel está acabando e desejo boa sorte para quem pular fora por último”. Adriano, com seu MBA japonês em Business Administration, sua experiência escrevendo na Exame, construindo a Você S/A e reconstruindo a Superinteressante, foi uma das influências mais intensas entre os muitos homens e mulheres que me iluminaram o caminho – e eu ali, bem na curva entre ser um jornalista e ser um executivo das empresas de comunicação. E, se você já me viu falando sobre a Bizz, sabe do tamanho da aventura que foi aquilo e o quanto tudo aquilo me serviu nas redações que dirigi nos anos seguintes.