Durante as pesquisas para meu segundo livro Nem vem que não tem: A vida e o veneno de Wilson Simonal, uma das perguntas que eu deveria responder, era sobre como surgem os boatos. No caso do Simonal, como surgem lendas urbanas baseadas em boatos que foram, um dia, baseados em fatos. Pra quem ainda não leu o livro: em 1971, Simonal foi acusado de haver mandado torturar um ex-funcionário para obter dele uma confissão de desvio de dinheiro. Anos depois, o “fato” que se noticiava, e pelo qual Simonal foi alijado da cultura brasileira, era o de que ele trabalhava para o regime militar, prestando serviço à ditadura delatando outros artistas para que estes fossem torturados e, eventualmente, exilados. leia mais