Chegou a hora de ter saudade
Tem certas horas na vida que a gente deve contar umas novidades sem poder entregar nada.
Por favor, seja condescendente e, em vez de dizer “confuso”, diga “enigmático”.
Dentro de algumas semanas, não muitas, tão poucas quanto o tempo de dois contratos diferentes conversarem entre si, este blog te remeterá ao meu novo livro, um trabalho em progresso com chinfra de colaborativo denominado Cheguei bem a tempo de ver o palco desabar.
25 semanas, 50 capítulos. Muitas memórias, causos incríveis, muitos amigos, muitos professores, muitos companheiros. Almost Famous versão Brasil dos anos 90.
Quando alguém diz que eu vou ter saudade de ver minhas crianças pulando com os pés sujos no sofá, costumo dizer de volta “Não vejo a hora de ter saudade”.
Profissionalmente, sobre a imprensa musical, os shows, os discos, os estúdios, as redações, os aviões e os hotéis, acho que chegou a hora de ter saudade.
Até chegar esse dia, nos vemos falando sobre o Dias de luta, o livro que puxou todo esse trem. Daqui a pouco, aliás, sigo para a Livraria da Vila celebrar com os amigos seu relançamento.
Tenho a 1ª edição, que já reli uma dezena de vezes. Estou curioso sobre essa nova versão.
Terminei agora a leitura de “Dias de Luta”. Vou passar adiante para amigos que já estão “na fila” depois de tudo o que eu vinha falando sobre o livro nos últimos dias. Eu, que vi os primeiros shows da Blitz e dos Paralamas em 1983, quando tinha 14 anos, voltei no tempo e me deliciei com os bastidores do rock dos anos 80. Toda a minha geração viveu a adolescência e o começo da vida adulta nesta década. E como foram bons os anos 80… Hoje meu filho mais velho (16 anos) conhece Legião, Lulu, Capital, Barão, Cazuza, Titãs, Paralamas e outras preciosidades, por influência minha.
Agradeço a você pelo registro (tão bem escrito) da década que moldou, com uma bela trilha sonora, toda uma geração.
Cristina Mesquita