Olha, mãe! Sem as mãos!
Nos últimos dias, coincidentemente, dois acidentes envolvendo praticantes de esportes radicais me levaram a matutar sobre a estranha tendência humana de viver no limite. Teve aquela australiana de 22 anos, Erin Langoworthy, que pulou de mais de 100 metros sobre um rio do Zimbábue e a corda de seu bungee-jump se rompeu. Em Curitiba, foi o caso de uma garota de 19 anos, que ficou presa por 40 minutos numa corda de rapel depois que seu cabelo enroscou no equipamento.
Lembro da expressão de intriga no rosto do ex-piloto Alex Dias Ribeiro quando lhe disse, na sala da casa dele, que eu sempre suspeitei que a fagulha que leva um jovem a se arriscar a 300 quilômetros por hora só pode ter alguma relação com a que conduz alguém às drogas: a sensação de viver no limite e voltar pra contar história.